O final do século passado legou ao seu sucessor, o século XXI, o movimento de políticas públicas comprometidas com a transparência. Essa palavra tornou-se a novidade do momento político, tão carente de credibilidade popular. Foi tanta ênfase que, ao tornar as contas da gestão pública acessível ao cidadão, parecia ter encontrado a política infalível de garantia do uso da coisa pública aos fins dados, sob publicidade do empreendido à verificação do cidadão, quanto ao seu resultado corresponder ao menor gasto à obtenção do maior benefício ou empreendimento. Transparência na administração pública era a novidade metodológica da política que o governo presbiteriano vivenciou desde as suas primeiras expressões no século XVI. E, posteriormente, influenciou as futuras nações modernas com o entendimento de que República e Democracia capengariam sem transparência. No governo presbiteriano (calvinista) a transparência na destinação das ofertas recebidas pode ser considerado o outro motivo, juntame...
A Igreja Presbiteriana do Brasil, herdeira da Reforma Protestante com orientação calvinista, adota um sistema normativo que regula suas ações nas áreas da doutrina, governo e disciplina, conferindo especial atenção ao ministério da Palavra, considerado central na condução dos temas eclesiásticos. João Calvino enfatiza a importância do ministério como instrumento divino na gestão da Igreja, fundamentando sua dignidade e excelência no ensino das Escrituras. Citando o apóstolo (Ef 4.4- 8,10-16), afirma: “[...] Paulo mostra, em primeiro lugar, que esse ministério dos homens, do qual Deus se serve para o governo da Igreja, é o nervo motriz por meio do qual os fiéis são ligados em um só corpo” (Institutas, IV.III.2). Destaca ainda: “[...] Deus frequentemente, com todos os louvores possíveis, nos recomenda a dignidade do ministério, para que entre nós o tivéssemos na mais elevada honra e estima, até mesmo como a mais excelente de todas as coisas” (IV.III.3). Um ministério tão relevante não ...